Friday, July 27, 2007

Um de seis do mesmo


Deveriam, no entanto, ser 8 devido ao vocabulário psicanalítico de Carl Gustav Jung. No entanto, e para não criar ainda mais situações de desconforto entre ele e o seu professor e amigo (ou já não) de longa data Sigmund Freud, acabei por decidir colocar cinco mais um. O porquê não sei, mas a simetricalidade vertical não me agradou muito, se bem que haveria sempre opções para a quebrar mas não queria fingir que estava a construir um cubo de seis do mesmo.

Saturday, July 14, 2007

Paragem em movimento



Já não sonho,
Descanso a dormir
Um sonho acordado
Do que vejo a vir.

Penso, no entanto, a correr
Numa altura em que estou parado
Andando em paralelo
Num caminho cruzado.
Já não imagino,
Sonho uma folha branca
Sem figuras ou traços
Que a minha vista arranca.
São seis da tarde
E passa tudo tão depressa
Na lentidão de uma vida
Que líquida como corre,
Nunca foi tão espessa.

(Contra) Capa



O negro de uma capa
Transparece uma etapa
Que tapando o que a capa esconde
Revela tudo o que dela escapa

Sem abecedários ou contas
Ou outras coisas tontas
Vai contando parvoíces
Em todas as quatro pontas
E como que um choque violento
De quem vai de frente para o vento
Temos outra côr diferente
É a côr do sentimento

E porque se esquece então
Numa capa que não aquece
De tudo o que não mostra por fora
E que dentro dela, não arrefece?

Saturday, July 07, 2007

A cor do cheiro


A Cor,
destas folhas em que escrevo
Recorda-me
o Cheiro
da tua Pálida face,
dos teus olhos Tristes
mesmo quando Sorris
O Cheiro,
destas folhas em que escrevo
Recorda-me
a Cor
dos teus coloridos Sonhos,
dos teus olhos Alegres,
mesmo quando Choras
Gosto Cheirar a tua Cor
E esta Cor faz-me sentir falta do teu Cheiro,
Colorido.

É tua








Essa voz que ouço
Do outro lado da porta
Faz-me sonhar por vezes
Com falhas de aberturas
Nesta vida morta

Essa voz que ouço
E que me faz fechar
Atrás de um sonho perdido
De um olhar meio aberto
Que eu quero encontrar

Essa voz que ouço
E que não tem a chave
Para fechar o que está aberto,
Também não tem magia
Para fechar o que não abre
Essa voz que ouço
Do outro lado da porta
Mata o que morto está
E também já não faz viver
A vida nesta vida morta.